Advogado destaca características dos novos dirigentes do Supremo
O advogado Pedro Gordilho, em nome da comunidade jurídica, saudou o novo presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Cezar Peluso, e o vice-presidente, ministro Ayres Britto, nesta sexta-feira (23) durante a cerimônia de posse.
Ele disse que o ministro Cezar Peluso é um juiz da realidade do seu tempo: aprecia os fatos que o cercam e, sempre que necessário, os conhece diretamente antes de decidir. “É esse exercício raro entre os magistrados, mas tão salutar na construção e na renovação do Direito, que, ao lado da vasta cultura jurídica, permite-lhe a inabalável segurança com que pronuncia seus votos na qualidade de relator ou partícipe do debate colegiado, guardando sempre elegância no trato que se revela na capacidade de ouvir antes de replicar.”
Já sobre o vice-presidente, o advogado destacou que, para o ministro Ayres Britto, humanidade significa solidariedade social. Disse também que os princípios constitucionais, na visão do ministro, têm parte ativa entre os instrumentos democráticos que tornam concreta essa diretriz. “Com a visão social abrangente, marcante e didática na interpretação da Constituição, concede-nos a garantia de que o Supremo Tribunal, à luz de sua hermenêutica, estará em permanente alerta às ameaças e abusos praticados pelos outros poderes e nas resoluções dos conflitos”, declarou.
Godilho avaliou, ainda, que o ministro Gilmar Mendes, na condição de presidente desde 2008, defendeu com vigor os direitos fundamentais e as garantias individuais, tendo alcançado a sociedade desinformada através de entrevistas e atuação na imprensa.
“A nação brasileira muito deve a Vossa Excelência, ministro Gilmar Mendes, que com seu destemor, sua vasta cultura jurídica e seu intenso labor deixa a presidência, podendo se envaidecer justamente sem prejuízo da notável administração que imprimiu à nossa Suprema Corte, por haver corrigido os rumos de algumas instituições que se achavam à deriva do arcabouço constitucional no plano da observância das garantias que a Constituição reclama”, disse ao ministro que deixou o cargo de presidente.
MG/LF