Brasil.jus mostra como as ações da Justiça mudam a vida de comunidades pelo país
Nesta semana a equipe do "Brasil.jus" visita duas cidades de Minas Gerais. A primeira delas, Itaúna, é uma cidade que acorda e dorme com o barulho do trem. É ele quem carrega o maior tesouro da região: o minério de ferro, encontrado nas montanhas rochosas que cercam o lugar.
Em Itaúna, a equipe conheceu o juiz Paulo Antonio de Carvalho. Titular da Vara Criminal, é dele a responsabilidade de mandar soltar ou prender. Mas o juiz resolveu ir além destas atribuições e tratou de colaborar na ressocialização dos presos da cidade. Tanto que resolveu investir no presídio, que nada tem a ver com uma cadeia tradicional. Até o nome é diferente! Centro de Integração Social. Por lá não existe seguranças armados, a chave fica com um dos internos, e os relacionamentos são na base da confiança.
Todos os presos são chamados de recuperandos e trabalham nos mais variados serviços. Uns fazem o pão, outros cuidam das refeições. Há ainda os que produzem tijolos, os que cuidam da horta e os que fazem artesanato.
Você vai conhecer a história de Fábio, que cumpre pena, trabalha, e conseguiu se formar em Engenharia Industrial Mecânica. E a trajetória de Ailton, que depois de passar 20 anos preso, montou uma fábrica de sandálias com a mão de obra do presídio.
Nossa segunda parada em Minas Gerais é em João Pinheiro, o município mais extenso do Estado. Por lá, conhecemos dona Benedita. Prestes a completar 100 anos, ela é um exemplo de lucidez e otimismo. Chegou a João Pinheiro ainda criança, casou-se e se tornou professora e teve 10 filhos. Foi justamente conversando com gente como dona Benedita e outros moradores mais antigos, que o juiz José Henrique Mallmann resolveu resgatar a memória da cidade. Prédios antigos, já destruídos, eram motivo de lamento por parte da população. Com um terreno doado por uma moradora, material conseguido com empresários e a mão de obra de presos, que trocaram o trabalho por redução de pena, a cidade ganhou uma réplica da primeira igreja da cidade: a Igreja Santana do Alegre. O juiz também mobilizou os moradores para restaurar um antigo casarão e nele montar uma casa de cultura, um museu e um cinema, nos mesmos moldes do primeiro que a cidade já teve: o cine Sinhá Maria. Nossa equipe mostra a alegria das crianças que, pela primeira vez, puderam conhecer uma sala de cinema. "A ideia do cinema surgiu primeiro para eternizar um pouco da memória da cidade e segundo para dar às crianças um pouco mais de diversão e cultura", diz o juiz José Henrique Mallmann.
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Fonte: TV Justiça