Os tambores de Maurício Tizumba estão no programa Refrão desta semana

20/09/2009 10:00 - Atualizado há 9 meses atrás

O "Refrão" desta semana trata de um problema social que atinge todas as grandes metrópoles brasileiras: os vendedores ambulantes. Por falta de emprego e estudo, adultos e crianças se veem obrigados a trabalhar nas ruas vendendo todos os tipos de produtos e alimentos. Para falar sobre o assunto, Maurício Tizumba canta a música “Camelô de Farol”, de 1981. O programa vai ao ar neste domingo, às 20h, pela TV Justiça, com horários alternativos nesta terça-feira, às 18h, quarta-feira, às 13h30, e sábado, às 20h30.

Em 35 anos de carreira, Maurício Tizumba é conhecido por tentar manter viva a cultura afro-brasileira, mostrando sempre o congado mineiro. Apoiador incondicional à democratização da arte, ele conta que muitos trabalhadores preferem viver na informalidade porque atualmente está difícil ter a carteira assinada. “Ninguém quer assinar a minha carteira, mas tem quem queira o meu imposto. Daí você acaba sendo obrigado a se tornar uma pessoa jurídica, se quiser expandir o seu negócio”, reclama. Um protesto de quem conhece o assunto. Durante o programa, Tizumba revela que já foi vendedor ambulante.

O músico de Minas Gerais diz ainda que sempre teve em mente a sensibilização para a arte, e fala do problema que é quando crianças resolvem ir para os sinais de trânsito fazer malabarismo e arte circense. “Eu admiro o artista mirim, mesmo porque eu fui um deles. A arte circense é uma coisa legal, mas quando você coloca crianças na rua para fazer isso, não está certo. É um caminho errado”, afirma.

"Refrão": um jeito diferente de escutar música!

 

Conheça a letra da música:

Camelô de Farol
Maurício Tizumba

 

Balas, bombons, chicletes, chocolates, tangerinas poncãs
Balas, bombons, chicletes, chocolates, tangerinas poncãs
Quem vai querer gente boa, quem vai querer
Vamos chegando, vamos chegando

Sou eu camelô, sou eu
Camelô de farol
Sou eu camelô, sou eu
Camelô de farol

Vendendo a vida no sinal fechado
Eu vou vendendo bala doce e amendoim torrado
Vendendo a vida no sinal chuvoso
Eu vou vendendo pra esse povo até jornal molhado

Êê ôô ôô êê
Êê ôô Camelô de farol

É uma dúzia por mil, gente boa
Olha que ta pra acabar hein!
Duas dúzias por mil não vai levar não?
Quarenta e oito por mil, gente boa
Olha que o sinal vai abrir hein!
Setenta e dois por mil, não?
Olha a pomadinha japonesa

 
Fonte: TV Justiça

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