Supremo concede Extradição a argentino que matou motorista por motivo religioso

15/08/2002 15:44 - Atualizado há 8 meses atrás

O Plenário do Supremo Tribunal Federal decidiu hoje (15/8), por unanimidade, aceitar o pedido de extradição (EXT 835) feito pelo governo da Argentina contra Américo Cláudio Mena, por homicídio simples.  Desde a data do crime, ocorrido em 1999, o argentino Américo Mena já cumpre prisão cautelar em Porto Alegre.


 


O relator da Extradição, ministro Celso de Mello, disse que não houve intenção política no crime cometido. Mello afirmou que, no próprio interrogatório, o acusado disse ter matado a vítima, um motorista de táxi, por motivo de religião.


 


Segundo o relatório, o extraditando, ao entrar no táxi, disse que sua mulher “era do umbanda”, e a vítima disse, então, que “não gostava de bruxos, bruxaria e coisa ruim”, quando começou a discussão. Os ministros seguiram o voto de Celso de Mello, para quem o fato não se ajusta ao conceito de criminalidade política, porque houve apenas um conflito entre pessoas.


 


O argentino Américo Mena pode ser condenado pelo governo argentino a pena de 8 a 25 anos de prisão.


 



Ministro Celso de Mello, relator da Extradição (cópia em alta resolução)


 


#BB/EC//AM

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