No Fórum desta noite (27), os resultados da quinta edição do "Justiça em Números", levantamento feito pelo Conselho Nacional de Justiça. O programa vai ao ar hoje, às 20h30, com reprises no sábado, às 20h, no domingo, às 18h, segunda-feira, às 21h e quarta, ao meio-dia.

Para explicar o que é essa pesquisa, feita pelo CNJ desde 2005, o conselheiro Antonio Umberto de Souza Júnior faz uma analogia com uma consulta médica: “Quando o clínico não vê nada de evidente no paciente, ele o manda fazer uns exames. É o mesmo com o Justiça em Números. Faz-se um diagnóstico da realidade do Judiciário para identificar o melhor remédio”.

A técnica do Departamento de Pesquisas Judiciárias do CNJ, Ana Carolina Prata, fala da metodologia usada para fazer o levantamento e diz que ele segue o Plano Ibero-Americano de Estatísticas Judiciais, o que permite que se compare a situação do Judiciário brasileiro com os de outros países. Ana Carolina aponta o principal gargalo para o melhor desempenho da Justiça nos tribunais estaduais, onde em vários deles o congestionamento processual chega a mais de oitenta por cento.

Para Antonio Umberto, “a lentidão da Justiça deve ser atacada já na primeira instância”, como foi estabelecido no plano de metas acertado recentemente no 2º Encontro Nacional do Judiciário.

O conselheiro enumera problemas que contribuem para a falta de magistrados, um dos elementos que precarizam a atuação da Justiça brasileira. Mas destaca que “a redução da morosidade não necessariamente precisa se refletir no número de servidores e na estrutura física do Poder Judiciário”. Para ele, usar alguns instrumentos, como o diagnóstico da realidade e a crescente informatização, pode diminuir os gargalos atuais e melhorar o desempenho da Justiça.

Fonte: TV Justiça