Juiz apóia com trabalho voluntário projeto Casas de Justiça e Cidadania

08/12/2008 20:00 - Atualizado há 1 ano atrás

Em Montes Claros (MG) para o lançamento da primeira Casa de Justiça e Cidadania, o juiz Bruno Terra Dias, titular da 22ª Vara Cível em Belo Horizonte (MG) e vice-presidente da Amagis (Associação dos Magistrados Mineiros) declarou que irá apoiar com trabalho voluntário o projeto do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

O juiz já atua em projetos sociais e afirma que o trabalho funciona como uma troca: é um aprendizado tanto para a sociedade quanto para os voluntários. Segundo ele, há aproximadamente dez anos surgiu um movimento em que os magistrados saem de seus gabinetes e buscam atuar na sociedade.

No entanto, de acordo com o juiz, eram iniciativas isoladas, o que muda a partir de agora com as Casas de Justiça e Cidadania. O projeto cria a possibilidade de unir esforços, juntar e coordenar projetos em andamento ou em gestação, de tal forma que os resultados sejam melhores e mais efetivos.

“Agora nós temos a oportunidade de buscar um efeito maior, mais profundo com base em conhecimento teórico e prático”, afirmou. O resultado é que para a sociedade o efeito também é mais amplo.

Bruno Dias explicou ainda que nesse projeto serão feitos vários levantamentos acadêmicos com o apoio de universidades para se estabelecerem indicadores. “Ou seja, não será simplesmente o serviço voluntário, mas o serviço voluntário criterioso, com base no conhecimento profundo e científico das realidades de cada município”, disse.

Na opinião do juiz, seria “temerário” criar um programa a distância do local e implantar à revelia da sociedade. “É necessário que haja um consentimento legitimador do programa na sociedade e haja a formulação de ações com base em dados e em políticas públicas que sirvam de referencial para mudar a realidade local,” finalizou.

O trabalho voluntário é uma das bases do projeto que visa a parceria com psicólogos, médicos, sociólogos, advogados, promotores e procuradores e pessoas em geral que poderão oferecer horas do seu dia e sua experiência em favor da comunidade.

O presidente do STF e do CNJ lembrou em seu discurso na cidade de Montes Claros que as iniciativas da sociedade serão sempre calcadas no trabalho voluntário. “É preciso acreditar nisso. É preciso que todos nós dediquemos parte das nossas atividades, do nosso tempo, das nossas preocupações para essa relação. É isso que nós estamos tentando fazer”, afirmou Gilmar Mendes.

CM/EH

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