TV Justiça mostra o trabalho realizado pelos voluntários
O "Repórter Justiça" discute, nesta semana, o dia-a-dia de pessoas que dedicam tempo, amor e carinho, sem cobrar nada em troca, por meio do trabalho voluntário. São, aproximadamente, um milhão de brasileiros que não medem esforços para ajudar o próximo, sem nenhum fim lucrativo. A TV Justiça apresenta versão inédita do programa nesta sexta, às 21h30, com reprises no sábado, às 19h, domingo, às 18h e quarta-feira, às 20h30.
Maria Karla Carolo é instrutora de equitação. Nas horas livres ela é voluntária num centro de equoterapia em Brasília. Duas vezes por semana ela visita o local e acompanha a reabilitação dos pacientes. “Às vezes eles te abraçam, beijam, e esse carinho, esse retorno é muito bom. O meu pagamento é o sorriso deles”, diz Maria, emocionada.
Já quem recebe a ajuda dos voluntários reconhece o valor dessas pessoas. "É um trabalho de muito amor, de muita boa vontade, e a gente se sente muito feliz de ter um atendimento como esse que eles nos fornecem. A gente fica muito feliz com isso", diz Otávio Soares, vítima de um derrame que é atendido pela Maria Karla nas sessões de equoterapia.
O programa vai mostrar ainda o crescimento das organizações não-governamentais. Estima-se que no Brasil existam mais de 300 mil delas atuando nos mais diversos setores como educação, saúde, lazer, esporte e cultura. No entanto, uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) investiga que algumas ONGs ligadas ao Governo Federal tenham desviado dinheiro público destinado a programas sociais, entre 1999 e 2006.
E ainda: nas últimas décadas, aumentou o número de processos na Justiça do Trabalho envolvendo organizações não-governamentais. Isso porque entidades conseguem se aproveitar da lei que regulamenta o trabalho voluntário como forma de fraudar a legislação. "O grande temor visto pelos estudiosos do Direito do Trabalho é que a lei possa ser utilizada para fraudar uma relação de trabalho, onde ela seja utilizada como simulação, ou seja, em vez de eu contratar a pessoa, assinar a carteira e registrá-la, eu faço ela assinar um documento como voluntário, ela vai trabalhar nos moldes previstos da CLT, ou seja, vai ter uma relação de trabalho verdadeira, com vínculo empregatício, mas eu não assino a carteira, e com isso eu deixo de recolher FGTS, INSS, não pagam 13º, férias e nem horas-extras", explica o advogado trabalhista Paulo Roberto.
Fonte: TV Justiça