Até que ponto o racismo está presente nas instituições? O antropólogo e professor da Universidade de Brasília, José Jorge de Carvalho, autor de um estudo sobre o "Racismo Institucional", e o advogado Douglas Martins debatem no programa "Fórum" desta semana, as características desse tipo de discriminação no Brasil. A TV Justiça apresenta versão inédita nesta sexta-feira (28), às 20h30, com reprises no sábado, às 20h30, domingo, às 18h, na segunda-feira, às 1h e quarta, às 12h.

Criado pelo grupo de defesa dos direitos civis dos negros norte-americanos "Panteras Negras", o termo racismo institucional voltou a ser usado recentemente para definir o que Douglas Martins classificou como "o resultado de um conjunto super complexo de estereótipos". O advogado destaca que "a base da atitude discriminatória é a exclusão. Muitas vezes, ela não aparece e essa invisibilidade é um aspecto até de perversidade dessa exclusão". Douglas Martins questiona : "Como o Estado vai combater a discriminação, se ele próprio não reconhece que ela existe?" E completa: "Estamos muito atrasados em relação a isso. O diálogo tem que ser iniciado porque ainda nem começou".

José Jorge de Carvalho fala do resultado da pesquisa do Ministério Público sobre o racismo institucional. Ele destaca que "87% dos procuradores são brancos, num país onde eles não chegam nem a 50% da população. Isso significa que após décadas de todo o trabalho de expansão do Judiciário, não temos representação dos negros".

Fonte: TV Justiça