Deputado mineiro investigado pela operação João de Barro pede para ter acesso aos autos
O deputado federal Ademir Camilo (PDT/MG), que em junho passado teve o gabinete na Câmara dos Deputados “devassado” pela Polícia Federal por conta da Operação João de Barro, da Polícia Federal, recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que seja suspenso o inquérito policial e permitido o acesso de sua defesa aos autos do processo.
O mandado de busca e apreensão no gabinete do parlamentar foi realizado com a autorização do ministro Cezar Peluso, do STF, relator da Petição 3638 que trata da investigação conduzida pela PF com o objetivo de combater suposto desvio de dinheiro para construção de casas populares.
No dia 20 de junho, a PF cumpriu 38 mandados de prisão temporária e 231 mandados de busca e apreensão, em sete estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Rio Grande do Norte, Minas Gerais, Goiás, Tocantins e no Distrito Federal. Entre esses mandados, estavam incluídas as buscas nos gabinetes de Ademir Camilo e do deputado João Magalhães (PMDB/MG).
A defesa do deputado pedetista ressalta que pediu ao juiz da 2ª Vara Federal, em Governador Valadares (MG), para ter acesso ao inquérito que investiga seu cliente. O pedido foi negado pelo magistrado.
“A decisão que indefere acesso aos autos, na exata medida em que priva o investigado, assim como sua defesa técnica, do conhecimento do inteiro teor da apuração, ofende direito constitucional do cidadão”, frisa o advogado, pedindo liminarmente Habeas Corpus (HC 95326) para a suspensão do inquérito e no mérito amplo acesso aos autos, “excluídas, por óbvio, as diligências ainda em curso”.
MB/EH