Presidente do STF recebe governador de Alagoas

27/09/2007 15:30 - Atualizado há 12 meses atrás

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Ellen Gracie, recebeu, na tarde desta quinta-feira (27), o governador de Alagoas, Teotonio Vilela Filho (PSDB), acompanhado do presidente do Tribunal de Justiça do Estado (TJ-AL), Manoel Cavalcante, e do vice-presidente da Assembléia Legislativa, deputado Alberto Sextafeira.

Após o encontro, o governador informou que o grupo, juntamente com outras autoridades alagoanas, está em Brasília em caravana para expor os principais problemas do Estado a autoridades federais e para participar da assinatura de um programa de ajuste fiscal com a Secretaria do Tesouro Nacional. Segundo ele, Alagoas tem uma dívida de R$ 6 bilhões, o que representa duas vezes e meia a sua receita anual, e compromete 15% de sua receita mensal com o pagamento da dívida renegociada com a União.

Vilela Filho informou, também, que, diante do seu elevado nível de endividamento, pediu à União uma excepcionalidade para obter financiamento do Banco Mundial (Bird), que possa ajudar o Estado a reverter o seu quadro de pobreza e, por outro lado, lhe permita comprometer-se com o cumprimento do ajuste fiscal com o Tesouro. Segundo ele, atualmente, metade da população do Estado vive abaixo da linha de pobreza; Alagoas ostenta o maior índice de analfabetismo do País; tem o mais baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)  e registra uma mortalidade infantil “vergonhosa!”.

O governador disse que não tratou com a ministra Ellen Gracie de nenhum processo de interesse do governo do Estado que esteja tramitando no STF. Disse que se tratou de uma visita de cortesia, em que fez um relato sobre o seu trabalho para reverter os  indicadores negativos de Alagoas e sanear a máquina do Estado. Conforme seu relato, na sua administração, o número de secretarias de Estado foi reduzida de 46 para 17. E a austeridade por ele implantada lhe custou greves de várias categorias de servidores, que pleiteavam aumentos que o Estado não pôde dar.

Segundo Vilela Filho, Alagoas ”está numa situação em que precisa ser olhado de forma diferenciada”, e é importante que instituições como o Supremo tenham também a compreensão de que problemas como a dívida pública em relação ao governo federal precisa ser olhada com essa visão diferenciada,”para que o Estado saia dessa espiral para baixo e entre num círculo virtuoso”.

FK/EH

 

Conteúdo acessível em Libras usando o VLibras Widget com opções dos Avatares Ícaro, Hosana ou Guga. Conteúdo acessível em Libras usando o VLibras Widget com opções dos Avatares Ícaro, Hosana ou Guga.