Novela da Rádio Justiça trata das relações familiares que envolviam crimes em “legítima defesa da honra”

Narrativa “Em Nome da Honra” estréia na próxima segunda (24) e destaca evolução do Código Penal no Brasil

20/09/2007 18:02 - Atualizado há 12 meses atrás

Brasil, 1944. O país vive intensas mudanças políticas e culturais. Anos antes, em 1930, as mulheres adquiriam pela primeira vez o direito ao voto. Em 1940, entra em vigor o novo Código Penal. Já em 1943, Getúlio Vargas consolida as leis trabalhistas, com a criação da CLT. Com isso, o movimento sindical se fortalece. Nessa época, o rádio é o principal meio de comunicação e entretenimento do país.

É nesse período que Lucinha, filha do poderoso e intransigente empresário Dorival Sampaio, se apaixona por Antônio. Ele é, por sua vez, empregado da Sabonetes Continental, a empresa de Dorival e líder do sindicato da fábrica. Os dois se casam, mas uma fatalidade acontece: Lucinha é encontrada morta ao lado de um suposto amante.

Essa é a trama apresentada pelo programa Justiça em Cena, da Rádio Justiça, com a radionovela "Em Nome da Honra", que tem como tema principal os crimes cometidos em legítima defesa da honra, em vigor no Código Penal até 2005.

Maridos que cometiam crimes contra as esposas conseguiam até a inocência com o argumento de terem a honra ferida pela traição. A justificativa, sempre favorável ao homem, discriminava as mulheres. Apenas há dois anos, houve a retirada desse aspecto legal do Código a fim de equiparar os direitos de gênero.

Com roteiro de Guilherme Macedo e direção de Viviane Yanagui, Em Nome da Honra será veiculada a partir do dia 24 em  nove  horários, de segunda a sexta-feira, às 8h50 , 12h50 , 14h50 , 18h20 , 21h50,  23h50, 1h50, 3h50 e 5h50. No sábado às 20h e no domingo às 18h, a Rádio Justiça apresenta o compacto com a história completa.

O Justiça em Cena é um projeto da Rádio Justiça iniciado em 2004, quando da inauguração da emissora, e suspenso no décimo episódio. Retomado e reelaborado, o programa já está na 4ª edição. A primeira, Tempos de Suplicação, tratou dos primórdios da Justiça independente no Brasil, com a chegada da família real. A segunda, A Fera de Macabu, teve como foco a história do fazendeiro Motta Coqueiro, condenado injustamente à forca por assassinato, fato que levou ao fim da pena de morte no Brasil, por volta de 1850. A última, Bola Fora, tratou do bolão de loteria que quase chegou aos tribunais, além da Lei Maria da Penha e Juizados de Conciliação.

O projeto conta com a colaboração de técnicos, editores e repórteres da Rádio e da TV Justiça. Em Nome da Honra tem vozes de Guilherme Macedo, Jane Costa,  José Carlos Andrade, Miguelzinho Martins, Odete Rocha, Roberto Rosemberg, Viviane Yanagui e William Galvão.

A Rádio Justiça é sintonizada em 104,7 MHz, no Distrito federal, via satélite ou através do site www.radiojustica.gov.br.

O arquivo das radionovelas já transmitidas pela Rádio Justiça pode ser acessado também no site do projeto Bicentenário do Judiciário Independente no Brasil, no link Rádio Bicentenário.

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