Advogado de ex-ministro dos Transportes afirma que denúncia estaria causando danos à honra de seu cliente

Na defesa apresentada ao Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), o advogado Castellar Modesto Guimarães representou o ex-ministro dos Transportes e atual prefeito de Uberaba (MG), Anderson Adauto, denunciado por corrupção ativa e lavagem de dinheiro, e José Luiz Alves, ex-chefe de gabinete de Anderson Adauto naquele ministério, acusado de lavagem de dinheiro. Para o advogado, a denúncia do procurador-geral da República usa palavras duras e imputações pesadas, e com isso macula a honra das pessoas supostamente envolvidas. Anderson Adauto e José Luiz Alves estariam sofrendo danos irreparáveis em suas vidas públicas pela forma como foi colocada a denúncia.
O advogado afirmou que as condutas do ex-ministro, apontadas na denúncia do procurador-geral como configuradoras dos delitos apontados não estariam tipificadas como crime. Para o advogado, a denúncia do procurador-geral da República deveria ser clara e objetiva, relatando os fatos detalhadamente, até mesmo para permitir melhor entendimento pela defesa.
Quanto a José Luiz Alves, o advogado afirma que ele foi incumbido pelo então ministro Anderson Adauto – seu superior hierárquico, de efetuar retiradas e pagamentos referentes ao acordo financeiro existente entre o PT e o PL. O advogado salientou que não foi comprovada a existência de delito antecedente, necessário para a configuração do crime de lavagem de dinheiro.
MB/EH
Dr. Castellar Modesto Guimarães, advogado de defesa do ex-ministro dos Transportes e atual prefeito de Uberaba (MG), Anderson Adauto. (cópia em alta resolução)