Em audiência no início da tarde de hoje (7/2) com o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Marco Aurélio, a vice-presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), Valquíria Quixadá, apresentou a proposta de extinção do inquérito policial, uma das sugestões da entidade para enfrentar o problema da segurança pública e do crime organizado.

A procuradora da República argumentou que a investigação ganharia agilidade e eficácia se fosse conduzida pela polícia já com a coordenação do Ministério Público. “Cabe ao MP oferecer denúncia à Justiça ou promover o arquivamento do caso, e todo esse processo seria agilizado se procuradores e promotores estivessem envolvidos nas investigações desde o início”, disse. Segundo a procuradora, o inquérito no formato brasileiro, considerado “burocrático e anacrônico”, só existe em outros três países: Quênia, Uganda e Indonésia.

Acompanhada da subprocuradora-geral da República aposentada Edylcéa de Paula, a vice-presidente da ANPR veio convidar o presidente do Supremo a participar da posse de 57 novos membros do Ministério Público Federal, que ocorre no dia 18 de fevereiro, em Brasília.