STF realiza primeira reforma em um de seus prédios mais antigos
Nos próximos dias, o Supremo Tribunal Federal (STF) vai dar início à reforma de um de seus prédios mais antigos, o Anexo 1. Construído em 1972, o edifício apresenta diversas necessidades que não são atendidas pela estrutura erguida há 35 anos, sobretudo na área de prevenção de incêndio e de segurança.
Os principais itens recomendados para a reforma são as instalações elétricas, hidráulicas, de combate a incêndio e a estrutura de ar condicionado. Na época da construção do prédio não havia a previsão para instalação de computadores e de ar condicionado, por exemplo. Com o tempo, criou-se uma estrutura provisória para esses equipamentos, que funcionam desde então de forma precária.
Queda de energia
De acordo com o responsável pelo setor de Manutenção Predial do STF, Lino José dos Santos Neto, o aumento do número de computadores e a instalação de ar condicionado, entre outros equipamentos, colocados ao longo do tempo, aumentam a carga elétrica, o que provoca quedas de energia constantes e “derrubam toda a rede do STF, por isso a instalação não atende mais”, afirma ele .
Outro fator que exige a reforma é a inexistência de um sistema de incêndio. Durante a construção do prédio não foi instalado um sistema de combate a incêndio. Nesse tipo de sistema existe um detector de fumaça e temperatura e, quando há qualquer princípio de incêndio o alarme dispara e ativa os chamados sprinklers – válvulas instaladas no teto que jogam água automaticamente para apagar o fogo. “Esse sistema não existe, mas será contemplado com a reforma do prédio”, assegura. Além disso, haverá uma estrutura de cabeamento para suportar o sistema de informática e o sistema de ar condicionado. Outra regra de combate a incêndio que o prédio não cumpre é em relação à rede de hidrantes. As mangueiras instaladas nas paredes para apagar fogo não são alimentadas por água. Com a reforma, será criada uma rede de água para abastecer os equipamentos.
Valor da reforma
Para efetivar a reforma, foi estimado o valor de R$ 14 milhões que, segundo o setor responsável pelas obras, está totalmente dentro do valor de mercado, considerando tratar-se de um prédio de quatro andares e de extensão de 14 mil metros quadrados. O próprio STF faz um orçamento detalhado de quanto se gasta com a obra e a partir daí abre licitação para ver qual empresa oferece o menor custo para realizá-la. A empresa que ganhou a licitação irá realizar a obra por R$ 12,4 milhões, valor menor do que o previsto inicialmente. A obra começa ainda em abril, devendo estar concluída em fevereiro de 2008.
CM/MM